A Teresa mãe e a teresinha filha saíram de Lisboa e foram viver para Tomar, para o campo saborear de uma longa licença para ser mãe.
Faz um ano.
Há um ano andei a correr e a saltar numa praia da Caparica, fui comer caril num indiano de esquina e bebi sumo de ananás num miradouro de Lisboa. No final do dia, tomei um banho de imersão – fiz tudo o que supostamente, diz-se por aí, provoca contracções. Nada funcionou.
A Teresinha só nasceu dias depois, com 41 semanas, induzido o parto. Na véspera fui ao cinema ver “NAS NUVENS”, com o George Clooney - nada de memorável. Estava longe de saber o que é verdadeiramente subir aos céus quando se tem um filho nos braços.
Na noite em que a Teresa da Anunciada nasceu estava NAS NUVENS - mas não sem antes sentir medo: receava não dilatar o suficiente e que me propusessem uma cesariana. Acabei com a minha filha nos braços, depois do parto vaginal. NUVENS gordas, fofas, brancas - daquelas perfeitas dos desenhos das crianças!!!
Entretanto, vivi seis meses de licença de maternidade – NAS NUVENS - amamentei 10, trabalhei três em horário reduzido. Medo outra vez: e quando deixar de ter horário reduzido? Como vou conseguir conciliar ser a boa mãe que desejo ser e ser a profissional que gosto de ser?
Quis o destino, quis a família que fossemos viver para o campo há um mês. Que medo – que mudança tão radical...
Mas estamos NAS NUVENS!... A Teresinha cresce radiosamente e eu tento ser uma mãe - profissional.
Parabéns minha filha.
Há ano nas NUVENS!
Teresa
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